Considerada pela ciência espiritualista líder dos movimentos libertários do mundo.

Imagem: Joana d’Arc, por Gharly
Joana d’Arc nasceu em Domrémy, na região da Lorena, na França, no ano de 1412. Filha de camponeses, desde pequena, Joana apreciava a solitude e passava longas horas em prece.
Alma das mais elevadas, o anjo da liberdade se fazia ouvir nas orações de Joana desde muito pequena. Sua vida foi marcada por visões de todos os tipos. Visões de harmonia, verdade e liberdade para França, além de visões de São Miguel (a força de Deus) e das santas Catarina ( a virgem pura) e Margarida (a pérola preciosa).
Já adolescente, Joana passou a ouvir as vozes dos santos queridos com mais frequência, indicavam-lhe que deveria liderar o exército e expulsar os ingleses do território francês (Joana viveu durante o fim da Guerra dos 100 anos), garantindo o trono ao Delfim Carlos e trazendo liberdade à França.
O pai de Joana, Jean d’Arc, estava sendo avisado da missão da filha, tendo repetidas vezes o mesmo sonho, no qual Joana partia com um grupo de soldados. Aterrorizado com a visão da filha partindo com o exército, mandou que seus irmãos a afogassem no rio caso isso acontecesse, ou ele mesmo o faria.

Imagem: autor desconhecido
Sabendo da grandeza da sua missão, ela não dá ouvidos às ameaças da família e pede ao tio que a leve para a corte para que pudesse falar com o capitão do exército real, Robert Baudricourt, de modo a pedir permissão para falar com o Delfim Carlos para que a deixasse seguir à frente do exército francês. A esta altura, o Delfim estava endividado e alheio aos problemas franceses. Absorto em dívidas, o herdeiro do trono era considerado filho ilegítimo do último rei por muitos, especialmente porque seu pai o deserdou antes de morrer.
Após sua conferência com o Delfim, Joana foi interrogada por padres e clérigos durante três semanas para garantir que não era bruxa ou enviada do mal antes de autorizarem sua partida com o exército. É importante lembrar que se tratava de uma adolescente sem nenhuma experiência ou treinamento militar.
Existia uma antiga profecia na França que dizia que A Pastora, A Escolhida, viria e que lideraria o povo, levando a França à liberdade. Apesar dos altos dignitários do governo e da Igreja terem duvidado da sua missão, o povo logo reconheceu Joana como filha da profecia, apoiando-a fortemente.

Imagem: Santa Joana em combate, por Anton Hermann-Stilke
Joana carregava consigo dois importantes objetos: o anel dado por sua mãe com a inscrição “Jhesus+Maria” e seu estandarte amado. O estandarte era semeado de flores-de-lis (símbolo da França e da linhagem real de Jesus e Maria Madalena) com o desenho de um globo, com dois anjos nas laterais, em seda branca com franja de seda, onde via-se escrito as palavras “Jhesus, Maria”.
Mesmo tendo empunhado lindamente a espada de Santa Catarina durante as batalhas, não guerreava e nunca chegou a matar ninguém. Joana era a luz de esperança e figura inspiradora para que os soldados seguissem em frente e garantissem a vitória.
Joana d’Arc conquistou muitas vitórias à frente do exército francês, culminando com a expulsão dos ingleses e a coroação do Rei Carlos VII. Carlos, no entanto, era bastante impopular como rei, e o povo só falava sobre a donzela guerreira. Talvez movido pela ganância ou pelo simples desejo de afastar Joana, ou talvez pelos dois, Carlos acabou por trair aquela que havia feito possível sua coração, vendendo-a aos borgonheses e, finalmente, aos ingleses.
Aprisionada por heresia e bruxaria, ficou acorrentada em uma cela escura e pequena pelo tempo da duração do processo inquisitório que culminou em sua condenação. Joana tinha apenas 19 anos quando foi condenada à morte pelo fogo.

Imagem: Joana d’Arc, foto de David Hinchen
Desde a partida com o exército até seu julgamento, Joana vestia roupas masculinas como tentativa de deter molestamentos e estupro, causando ainda mais polêmica sobre a figura da guerreira. Joana, menina-mulher doce donzela, resguardou seu corpo à causa da França e ao martírio. Em sua missão divina, preferiu entregar seu corpo ao fogo à ver a sua França entregue aos ingleses.
Em 30 de Maio de 1431, em Ruão, Joana foi queimada viva na Praça do Velho Mercado. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena para que a população que acreditava na profecia não as tornasse objeto de veneração.
Menina, guerreira, heroína, símbolo de resistência, coragem e liberdade. Santa Joana querida, que possamos nos conectar com sua grande missão através do espírito de libertação do feminino sagrado. Que possamos ouvir as nossas próprias vozes que nos direcionam à libertação pessoal e coletiva. Que possamos cumprir nossa missão na Lei Maior do Amor Universal.
Que assim seja.
O Amor Conquista Tudo!
Jhesus+Maria.
Quer saber mais? Recomendo:
– Joana D’Arc por Ela Mesma, livro psicografado por Ermance Dufaux
– Joana D’Arc, livro de Léon Denis.
– O Processo de Joana D’Arc, filme de Robert Bresson.
– Joana D’Arc, filme de Victor Fleming.